O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinou esta quarta-feira, dia 28 de Setembro, um memorando de entendimento com o Banco Nacional de Angola (BNA) para fortalecer  a integração e  e colaboração entre as entidades em matéria de inclusão financeira. O memorando foi assinado pelo Governador do BNA, José de Lima Massano  e pelo Representante Residente do PNUD, Edo Stork, na presença de supervisores do sector financeiro, reguladores, instituições financeiras, seguradoras, academias e peritos do sector financeiro.

Este acordo visa promover a inclusão financeira e o diálogo entre os actores do sistema financeiro e não financeiro. Assim, o BNA  e PNUD unem esforços para facilitar o acesso geral da população a serviços financeiros formais de qualidade, como depósitos e contas de poupança, serviços de pagamento, empréstimos e seguros.

No seu discurso, Edo Stork falou da importância deste Memorando de Entendimento no actual contexto de transição da economia informal para a formal, para que se estabeleça uma economia inclusiva em Angola, em que todas as pessoas tenham acesso aos serviços financeiros, referindo as especificidades do impacto sobre as mulheres e os mais vulneráveis.

Apesar de os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável não referirem explicitamente a inclusão financeira, o PNUD acredita que acesso a serviços financeiros é um factor chave para o alcance dos mesmos, e para o cumprimento do Plano de Desenvolvimento Nacional.

O Governador do BNA, José de Lima Massano, referiu que a instituição tem “uma acção muito incisiva sobre comunidades, para permitir que os serviços financeiros possam chegar a todos os cidadãos, e as pessoas possam compreender a importância da gestão das suas próprias poupanças e recursos que vão tendo à disposição”. Assim, “a parceria com o PNUD torna o nosso trabalho mais completo porque teremos referência de outras realidades e outros países que com o apoio do PNUD foram desenvolvendo iniciativas”, concluiu o Governador.

O memorando prevê, entre outros, o apoio para fortalecimento e integração de planos e programas de educação financeira no país, com métodos unificados e inclusivos que alcancem a população mais vulnerável, e de capacitação para técnicos do sector financeiro e microseguros. Pretende, igualmente a colaboração com o Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos (LISPA), na identificação e promoção de produtos e serviços financeiros digitais inovadores, de forma a estimular o crescimento de uma economia inclusiva e sustentavel.

“Temos condições reunidas para uma parceria que trará resultados positivos”, concluiu José de Lima Massano.