Com a COVID-19 continuando a afetar a maneira como vemos e conduzimos as interações diárias; A Guiné-Bissau não foi incólume aos seus efeitos. Em colaboração com o Cluster de Saúde e Proteção Social, o Laboratório de Aceleração foi encarregado de realizar um ciclo para entender como aumentar o número de cidadãos vacinados no país. O objetivo é vacinar 70% da população acima de 18 anos¹ no país. Até agora, 36% da população elegível foi totalmente vacinada². Embora o número seja significativamente elevado quando se considera a fragilidade do sistema de saúde na Guiné-Bissau³, bem como a sua localização geográfica, mais pode ser feito para aumentar o número total de cidadãos vacinados.

Em dezembro de 2021, o Laboratório iniciou a fase de exploração onde realizou entrevistas individuais com todos os principais intervenientes envolvidos nas campanhas de vacinação, nomeadamente: Alto Comissário para a COVID-19, Serviço de Imunização e Vigilância Epidemiológica (SIVE), Organização Mundial da Saúde, UNICEF, Cruz Vermelha e PNUD para entender o seguinte:

• Seu papel durante cada campanha;
• Seus gargalos percebidos;
• O que eles mudariam se tivessem a oportunidade.

Após as sessões individuais focadas, o Laboratório organizou um Workshop de Inteligência Coletiva em que todos os principais acionistas envolvidos reuniram-se e envolveram-se numa atividade de Análise da Árvore de Problemas que permitiu que eles se concentrassem nas SOLUÇÕES, ao invés dos estrangulamentos. Os resultados do workshop foram notáveis, indicando que os maiores gargalos durante as diversas campanhas foram nomeadamente:
 

• comunicação inadequada;
• falta de coordenação logística e;
• responsabilidades pouco claras das partes acionistas envolvidas.

Veja o Mural completo de Análise da Árvore de Problemas aqui.

Várias soluções foram propostas pelos acionistas, que serão analisadas e implementadas na próxima fase da campanha a partir das próximas semanas, para abordar áreas que abrangem:

• Consistência na divulgação das informações,
• Preocupações dos cidadãos em relação à divulgação de informações,
• Realizar revisões completas das campanhas antes de iniciar as próximas.

A próxima etapa deste ciclo é explorar a perceção dos cidadãos da Guiné-Bissau, sobre o porquê de não serem vacinados a taxas mais elevadas? Os mesmos gargalos encontrados pelos acionistas têm um efeito cascata no envolvimento dos cidadãos em cada campanha?

Leads iniciais para Experimentação

Experimento 1:

Trabalhar em colaboração com a UNICEF (que assumiu as campanhas de vacinação), para desenvolver uma campanha que aborde as principais preocupações dos acionistas:

• Comunicação oportuna antes do vencimento da vacina,
• Informações consistentes para que os cidadãos possam construir confiança,
• Usar esta campanha para coletar dados de utilizadores para entender por que eles estão ou não sendo vacinados.

Experimento 2:

Na fase de exploração, foi levantado o desafio da gestão dos resíduos das campanhas de vacinação. O Laboratório testará como melhorar o descarte dos resíduos de vacinas usando os dois incineradores, um de propriedade da SIVE e outro do PNUD. Ficou claro durante a exploração que o papel principal do PNUD ao longo das campanhas era ser responsável pela eliminação de resíduos. No entanto, devido a gargalos, havia espaço para melhorar como os incineradores são usados, o Laboratório, portanto, projetou um teste que permitirá que os incineradores sejam utilizados ​​de forma mais eficaz e será compartilhado no próximo blog desta série.