Ao longo dos últimos anos, os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS)1 adotaram o conceito emergente de Economia Azul como meio de alcançar um crescimento sustentável e inclusivo, baseado numa economia oceânica. Esta abordagem assenta numa visão inclusiva, envolvendo todos os intervenientes relevantes no processo, e propõe um roteiro específico que permita aos decisores políticos tomar decisões coerentes para enfrentar adequadamente os desafios intrínsecos dos SIDS, com os elevados custos da energia ou do comércio, decorrentes do seu isolamento e consequentes dificuldades logísticas, entre outros. A Economia Azul emerge de forma integrada e responsável, fundamentada numa utilização científica, eficiente, inclusiva e sustentável do capital natural marinho, enquanto busca potenciar os benefícios socioeconómicos para a Guiné-Bissau. Por essa razão, a Estratégia para a Economia Azul da Guiné-Bissau pretende ser um documento de referência que estabelece a agenda de políticas públicas para alcançar um processo de desenvolvimento mais sustentável e equilibrado, alinhado com as agendas de desenvolvimento nacionais e internacionais.

*1 Acrônimo derivado do termo em inglês, ‘Small Island Developing States’